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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


Um abraço, de até logo, até amanhã, até para o Ano, ou até um dia!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Talvez para o Ano que vem



E cá chegamos nós à época de reflexão do ano quase a findar, pensando sempre que ao virar o 31 tudo poderá mudar e melhorar. 
Orgulhamo-nos de nós próprios das boas acções que praticámos, dos amigos que fizemos pelo caminho, dos que mantemos ao longo dos anos. Tentamos não nos arrepender dos erros que cometemos, pensando que tinham de ser cometidos, das más decisões que tomámos, pensando que virá a resposta para tal. E achamos, sabe-se lá porquê, que dia 1 tudo será diferente.
Que crença é essa? Que vontades poderão surgir porque se altera o último número ao ano? E os anos passam, e fazemos as mesmas reflexões, e tentamos deixar de fumar, planeamos um percurso profissional, decidimos que vamos finalmente sair de casa e comprar a nossa.... e não o fazemos. 
Talvez para o ano que vem!

sábado, 18 de dezembro de 2010

...

Não tenho memória que chegue para todas as palavras que queria lembrar, mas há sempre espaço para as que anseio esquecer.

domingo, 24 de outubro de 2010

O peso certo


Oiço muitas vezes a preocupação das minhas amigas que já são mães, em relação à entrada das crianças para a escola. Porque, dizem elas, as crianças são crueis e dizem tudo o que lhe vai na cabeça. Pois bem, é verdade que as crianças dizem tudo o que pensam, mas não sei se cruel é o termo mais adequado. Nos tempos de escola, fomos, ou tivemos, o/a amigo/a gordo/a, orelhas, caixa d’óculos, trinca espinhas, etc. etc. etc. Atribuir alcunhas baseadas numa determinada caracteristica física é em certa idade tido como normal.
Diz-nos então o senso comum, que em idade adulta já não devemos ter determinados comportamentos e dizer tudo o que pensamos. Sabemos que não devemos dizer a alguém, “Epah és mesmo feio/a!” ou “és mesmo gordo/a!”, simplesmente não se diz, pensa-se. Mas nestas coisas, o senso comum não comtempla as pessoas magras.
Conheço algumas pessoas abaixo do seu peso “ideal”, e mais especificamente eu própria. No entanto, o meu “pouco” peso é algo relativamente recente, pelo que tenho ouvido verdadeiras pérolas que quero partilhar.
Numa primeira fase, todos os que me conhecem, começam por perguntar se está tudo bem, se ando no ginásio, se estou a fazer dieta. À primeira pergunta respondo afirmativamente, mas não, não ando no ginásio e não estou a fazer dieta. A partir daqui é o descalabro. Todo o santo dia oiço, “Estás tão magra!” por pelo menos, vá não exagerando, duas pessoas (maioritariamente no trabalho) o que dá 14 vezes na semana, mais os amigos que encontro ao fim-de-semana por aqui e por ali. Ao fim de uns meses, a essa repetição, apetece-me mandar as pessoas para o raio que as parta, no mínimo. É que é chato! Sim, eu estou magra! E então? Não conheço niguém que diga constantemente a um gordo que ele está tão gordo, porquê? Ah pois, o senso comum...
“Ai credo mulher, você nem mamas tem!”, “Se te viras de lado não te vejo!”, “És anorética”, são tudo belissímas frases com as quais já fui contemplada. E que reponder a isto? “Sim, de facto adoro usar um 30 copa A e ponderar de manhã se ponho ou não peúgas dentro do soutien!” à primeira, “experimenta usar óculos, podes estar com um problema de visão” à segunda, e à terceira “ E tu transpiras sebo!” ?
A magreza, pode estar associada a variadíssimas patologias, a questões hormonais, de nervos, stress, disturbios alimentares, ou então do próprio metabolismo.  Mas agora os magros, ou muito magros, têm de andar com um relatório médico atrás, a justificar seja lá aquilo que for, para não terem de andar constantemente a ouvir a constatação do óbvio? Têm de publicar no facebook as razões da sua magreza, para ninguém ter dúvidas?
É claro, que tenho de excluir a estas minhas considerações a família próxima ou mesmo os amigos chegados, que esses obviamente perguntam por se preocuparem verdadeiramente, mas também perguntam uma vez e basta.
Portanto crúeis não são as crianças.

sábado, 23 de outubro de 2010

Sorrir é o pior remédio

Sempre ouvi o contrário, mas na vida prática não é bem assim.
Acordar bem disposto, é proíbido! Ir no trânsito de manhã com um mega sorriso, parece uma ofensa directa aos demais condutores da cidade de Lisboa. A tentativa por parte dos programas matinais de rádio de nos sacar gargalhadas deviam ser banidos. É isso que sinto todas as manhãs quando vou trabalhar.
Eu gosto de sorrir, bolas! É que estou com um problema que não sei como resolver.
Se estou numa fila 2 horas à espera de ser atendida e quando finalmente o sou digo “Olá”  e sorrio, uiiii, como é possivel?! Sinto os olhares reprovadores de quem está também à espera, e até oiço os seus pensamentos “Pois não sabe que vivemos uma crise?”, “...e sorri?” , “...deve ser tonta!”.  
Se vai subir o IVA, não é por não esboçar um sorriso que o governo o vai baixar. Se a prestação da casa vai aumentar, o Banco não vai avaliar o mau humor dos clientes e baixar o Spread, aumenta-o e pronto.
 Viver mal humorado é incentivado e a gargalhada abafada, o que é triste.
O stand up comedy, no meu entender, é aceite por ser ou ter sido moda. Porque são satirizados os nossos governantes e figuras públicas. Pois gostava eu de ver, o Director Financeiro de uma grande empresa ser alvo de “brincadeira” pública pelas suas medidas de contenção de gastos. Até imagino o Sr. no seu sofá, a ver o sketch do Ricardo Araújo Pereira (por ex.) e a rir-se a bandeiras despregadas, ou então não...
Rirmo-nos dos outros, rirmo-nos de nós próprios e sorrirmos uns ao outros é salutar.
Continuarei eu a ser tonta? Pois claro que sim!

Amuar ou não amuar, levas uma e passa-te já!


Desde bem cedo tive a clara noção que o acto de amuar não trazia nenhuma vantagem, não fosse essa uma das poucas alturas em que a minha mãe me prometia umas palmadas valentes. E claro, anos volvidos, entendo prefeitamente a sensação de querer esmurrar o/a amuado/a como se “não houvesse amanhã”.
A expressão facial do/a amuado/a é também algo que me intriga, é que uma pessoa irritada, semi-cerra os olhos, contrai os maxilares o que em certos casos até se torna atraente, mas o amuado/a não é nada disso, parece que há uma dilatação das bochechas um inchar do lábio (muito convidativo ao soco) e a ponta do nariz até descai (não sei bem como) sendo no conjunto uma cara que a mim em particular me dá vontade de começar ás chapadas a uma velocidade psicadélica.
As razões do amuo são  na sua maioria a não realização de alguma coisa que a pessoa queria e não fez, ou recebeu ou ouviu.  A minha preferida é quando se espera qualquer coisa que alguém devia ter feito ou dito, mas tem de se adivinhar sem o/a amuado/a dar qualquer sinal que gostava ou queria. O mais curioso nisto é que a pessoa fica “de trombas” mas não fala do assunto logo... fica a marinar... e os outros têm de perceber por si próprios o porquê. Epah, é que dá cá uns nervos... (bem tinha razão a minha mãezinha). E óbvio, as razões são sempre parvas, porque se assim não fosse a pessoa não amuava, ficava mesmo chateada, esperneava e discutia até lhe passar o azedo.
E se eu amuo? Pois devo amuar, longe da minha mãe pois está claro, “levas uma e passa-te já!”!